Precursor de flautistas da linhagem de Pixinguinha, Callado foi o criador de um gênero musical tipicamente carioca: o choro. Mas a história de vida do compositor, nascido em 1848 e que viveu apenas 32 anos, ainda é pouco conhecida. Amigo e incentivador de Chiquinha Gonzaga e considerado um rouxinol por Machado de Assis, Callado fundou o primeiro grupo de choro do país e estabeleceu a formação definitiva dos conjuntos de chorões: flauta, cavaquinho e dois violões. Rica em imagens, esta biografia oferece ainda um panorama do choro desde a sua retomada na década de 1970, além de um inventário dos discos com as melodias do criador de “A flor amorosa”.
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3 comentários:
Olá Badu
Parabéns pelo seu bom gosto.
É pena que esse tipo de musica, a muito anos não se copõem mais.
E bom esse tipo de amostragem sua! Para que esse pessoal que prega o "modernismo musical", conheçam um pouco do que seria a boa musica.
um forte abraço
Roberto (do Leme)
Rio de Janeiro
robertodoleme82@yahoo.com.br
Marcello Laranja (Clube do Choro de Santos)
"Choro, o Jazz brasileiro..."! Quantos não ouviram essa frase - para mim profundamente lamentável - de pessoas, tanto do meio musical quanto fora dele, e gente muito esclarecida, diga-se de passagem. Até o mestre Zé da Velha também, no filme "Brasileirinho", pronunciou com ênfase a tenebrosa frase. Lamento, todavia, embora respeite sua opinião! Me parece que nesta manifestação reside um velho e rançoso complexo de inferioridade, acompanhado da notória subserviência do brasileiro ao norte-americano. Ou, por acaso, alguém um dia ouviu "Jazz, o Choro norte-americano"! Com certeza ninguém ouviu nem jamais ouvirá! O Choro é a música instrumental brasileira e tá acabado! Não tem esse negócio de jazz brasileiro coisa nenhuma! Digo mais: acho até que ele é mais sinfônico do que jazzístico. Se Nazaré, Pixinga e Radamés fossem vivos, tenho certeza de que eles assinariam em baixo, afinal, quem iria questioná-los, não é mesmo? O Choro é só a base e a formação de toda a Música Popular Brasileira, só isso, mais nada! Quase todas as manifestações musicais brasileiras passaram por ele e o tem na sua gênese. Eu disse "quase" pois refiro-me apenas aquelas manifestações tipicamente brasileiras, sem mistureiras, tipo axés, sertanejos e outras tranqueiras. Até a bossa-nova tem - na sua essência - algo de Choro. Claro, nem poderia ser diferente, pois ela, afinal, mesmo contrariando algumas opiniões, nasceu brasileiríssima, filha concebida após um "tórrido romance" entre ele, o samba-canção e o samba sincopado. O processo de jazzificação da bossa-nova, na minha ótica, veio depois. Portanto, não tem como escapar desta filiação. Os músicos brasileiros - compositores, arranjadores, instrumentistas, maestros - mais importantes da história da MPB vieram da escola "do" Choro e não da escola "de" Choro, que é uma coisa mais atual, contemporânea. Vide, por exemplo, além dos já citados acima, Guerra Peixe, Léo Perachi, o próprio Jobim, Francis Hime, Sivuca, Orlando Silveira, dentre tantos outros magníficos. E também não tem mais aquela máxima de dizer que Choro "é coisa de velho", "você tirou do fundo do baú", "isso é do tempo da minha avó", além de outras aberrações normalmente "vomitadas" pela ignorância de algumas criaturas que ainda insistem em dizer que Choro é sinônimo de pranto, de tristeza, quando na realidade é exatamente o contrário. É uma música fundamentalmente alegre, descontraida, dançável, sim senhor e muito difícil de ser executada. Portanto, quem quiser se habilitar, por favor, comece a estudar muito, ler muito, tocar muito e depois sente-se à mesa de um boteco com os chorões da velha-guarda e toque com eles, pois é ali que se aprende a levada, a manha, a pegada do Choro. Não é na Faculdade nem no Conservatório que se aprende isso. Abraços.
Marcello Laranja (Clube do Choro de Santos)
Que maravilha que existam pessoas que cultivem e preservem a memória da nossa cultura.
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